Avaliação: Novo Chevrolet Cobalt 1.8 LTZ manual
09 de dezembro, 2015
Sedã passa por renovação visual, ganha itens e mantém conjunto mecânico; Confira se a versão de R$ 59.990 vale a compra.
A Chevrolet quer que o Cobalt deixe de ser uma compra meramente racional. Na última quarta-feira (2), a montadora apresentou a primeira reestilização do sedã compacto desde que ele chegou ao mercado, em 2011. Além da mudança brutal no visual, o modelo foi escolhido para estrear a segunda geração da central multimídia MyLink e recebeu o OnStar, um sistema de assistência remota que funciona sete dias por semana 24 horas por dia. O objetivo é um só: tirar o Cobalt da seara de veículos como Renault Logan, Fiat Grand Siena e Toyota Etios para deixá-lo ao lado de Honda City e Nissan Versa. Em outras palavras: elevar seu patamar. Para saber se de fato isso aconteceu, avaliamos com a versão LTZ manual, com preço de R$ 59.990, posicionada abaixo da nova configuração topo de linha Elite.
O sedã não passou por mudança mecânica alguma, portanto segue equipado com o motor 1.8 flex de 108 cv e 17,1 kgfm aliado ao câmbio manual de cinco marchas, na versão avaliada. Para esse motor, há ainda a opção de transmissão automática de seis velocidades. O bloco de menor cilindrada, o 1.4 flex de 102 cv e 13 kgfm, continua disponível e com câmbio apenas manual. Confira se o sedã compacto vale ou não sua compra.
Impressões ao volante
É verdade que por fora o Cobalt parece até uma nova geração, mas seu coração continua o mesmo. Os saudáveis 17,1 kgfm de torque são entregues a 3.200 giros que garantem um bom fôlego ao sedã. Essa é a força que ajuda o câmbio de curso longo a manter o carro numa boa toada. Durante um trecho do test drive que contemplava subida de serra em velocidades na casa dos 80 km/h, o veículo manteve seu ritmo engatado na quarta marcha, sem exigir reduções, mesmo com quatro ocupantes no carro. Aos 100 km/h, o giro do motor fica pouco acima dos 2.500 rpm e não é muito ruidoso. Mas como a acústica deixa a desejar, o próprio barulho do vento e dos pneus incomodam bastante.
A suspensão garante bom amortecimento em percursos urbanos com vias prejudicadas, mas na estrada, falta firmeza para que o condutor se sinta seguro em curvas fechadas. Nessas situações, é notável a falta de equilibrio da carroceria. Vale mencionar que dirigimos o Cobalt em pista molhada, o que torna o cenário mais sensível.
Outro fator que joga contra o sedã reestilizado é a ausência de direção elétrica. Considerando que a versão de entrada, por exemplo, ficou R$ 7.700 mais cara, essa atualização deveria ser feita no modelo, sobretudo no momento em que a Chevrolet decidiu reposicionar o produto. Além de dificultar a dirigibilidade em manobras de baixa velocidade, como balizas, a ausência do item impede que o Cobalt venha a ter controle de estabilidade.
Custo-benefício
De série, a versão avaliada vem com ar-condicionado, chave tipo canivete, alarme, trio elétrico, coluna de direção ajustável em altura (nada de ajuste de profundidade), retrovisores elétricos, farol de neblina, sensor de estacionamento traseiro, computador de bordo, luzes de cortesia traseira, roda de 15 polegadas de alumínio, acabamento cromado, volante multifuncional, controle de velocidade, sistema multimídia MyLink, frisos cromados nas portas, luz individual de leitura para motorista e passageiro, volante com revestimento "premium". O sistema OnStar de assistência 24 horas é acrescido apenas na versão LTZ automática, de R$ 65.990.
É um bom pacote de equipamentos para essa faixa de preço. Para efeito de comparação, o Renault Logan na versão topo de linha Dynamique com sensor de estacionamento e sistema multimídia (ambos opcionais) equipada com motor 1.6 de 106 cv e câmbio manual de cinco marchas custa R$ 52.500 e entrega itens semelhantes aos presentes no Cobalt. A não ser pelo controle de velocidade e por adereços da central multimídia MyLink, que deu um passo à frente ao oferecer CarPlay e Android Auto. A diferença entre os modelos é de R$ 7.490.
Vale a compra?
Sim. O Chevrolet Cobalt poderia ter evoluído nos quesitos mencionados acima, mas continua sendo uma referência em espaço interno e conforto. Com 563 litros, seu porta-malas é o maior do segmento, sem falar nos 2,62 metros de entre-eixos. Cinco passageiros viajam com conforto, embora o ocupante do meio é prejudicado pela ausência de encosto de cabeça e cinto de três pontos.
Além disso, o novo MyLink fez bem ao modelo. Agora, não se engane com a renovação visual. O Cobalt ficou, sim, mais bonito e deixou para a dupla Agile e Montana o status de patinhos feios, mas o acabamento do sedã deveria ser emborrachado ao menos no console central, onde se coloca o smartphone. Em vez disso, vemos apenas plástico texturizado. A marca afirma que, agora, esse modelo belisca forte o segmento de sedãs médios. Mas é por motivos como os citados que ele continua longe de ter esse poder, embora ainda seja uma boa compra.
Ficha técnica
Motor: Dianteiro, transversal, quatro em linha, 8V, comando simples, flex
Cilindrada: 1.796 cm³
Potência: 108/106 cv a 5.400/ 5.600 rpm
Torque: 17,1/16,4 kgfm a 3.200 rpm
Transmissão/tração: Manual de cinco velocidades, tração dianteira
Direção: Hidráulica
Suspensão: Independente McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira
Freios: Discos ventilados na frente e tambor atrás
Pneus: 195/65 R15
Dimensões: Comprimento 4,48 m; Largura 2,0 m (com espelho); Altura 1,52 m; Entre-eixos: 2,62 m
Capacidades: Tanque 54 litros; Porta-malas: 563 litros
Peso: 1.110 kg
Velocidade Máxima: 170 km/h
Fonte: Auto Esporte
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