Na pista com o Land Rover Range Rover Sport SVR
02 de setembro, 2015
SUV mais potente de todos os tempos da marca chega com motorzão 5.0 V8 Supercharged capaz de gerar 550 cv e 69,3 kgfm.
O mais rápido e potente Range Rover Sport já produzido em toda a história da fabricante inglesa acaba de chegar ao país, e não à toa ele atende pelo sobrenome SVR. O modelo foi desenvolvido pela nova divisão de operações especiais da marca, Special Vehicle Operations e, segundo a Jaguar Land Rover, é o modelo que indicará os rumos dos futuros carros de alto desempenho do grupo.
Das trinta unidades (limitadas) que chegarão ao Brasil, vinte já foram reservadas antes mesmo da apresentação do familiar que custa R$ 595 mil. Além do alto nível de luxo, conforto e espaço do SVR, um dos principais motivos para essa forte demanda é seu motorzão 5.0 V8 Supercharged capaz de gerar 550 cv e 69,3 kgfm que vai acoplado ao câmbio ZF de oito velocidades. São 40 cv a mais que o Sport com o mesmo motor, que conta com 510 cv e 67,3 kgfm de torque.
Segundo os ingleses, um conjunto que empurra o grandalhão aos 100 km/h em apenas 4,7 segundos, 0,6 s a menos, e aos 260 km/h (limitados) de velocidade final, 10 km/h a mais. As outras 10 unidades também serão comercializadas em forma de encomenda, para afortunados que dispõem da quantia de R$ 595 mil para tê-lo na garagem.
Cheio de mimos
O Range Rover SVR vem recheado de mimos por dentro e por fora. De série, traz para-choque dianteiro redesenhado com entradas de ar em forma de trapézio com acabamento em preto. As linhas laterais também foram redesenhadas, e agora proporcionam mais esportividade e apelo aerodinâmico, enquanto a traseira carrega um grande aerofólio. Se o ronco do motor não for o suficiente, a estampa do SVR já deixa claro que ele não é um Range Rover Sport convencional.
Por dentro, a assinatura SVR pode ser encontrada nos bancos de couro do tipo concha com costuras duplas em cores contrastantes, e no acabamento do painel e das portas arrematados com o mesmo tecido. Para trazer mais ar de esportividade ao SUV, a cabine conta ainda com detalhes em alumínio e em fibra de carbono por todos os lados. Na configuração básica, o SVR sai da linha de montagem com ar-condicionado de quatro zonas, direção elétrica, trio elétrico e coluna de direção com ajustes elétricos, controles de tração e de estabilidade, oito airbags, freios ABS, assistente de frenagem em declive e em curvas e suspensão pneumática adaptativa.
O pacote contempla ainda volante multifuncional de couro com aquecimento, borboletas para trocas de marchas, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro e central multimídia com tela sensível ao toque de oito polegadas com sistema de navegação, TV Digital, Bluetooth e entradas USB e auxiliar. Faróis automáticos de LED com luzes diurnas, para-brisa aquecido, sensor de chuva, retrovisores laterais com aquecimento e rebatimento elétrico, acendimento das luzes de emergência em frenagens bruscas e rodas de 21 polegada são alguns dos outros mimos do SUV da Land Rover.
Na pista
O local escolhido pela JLR para testar o Range Rover mais potente de todos os tempos foi o Autódromo Velo Cittá, em Mogi-Guaçu (SP). No complexo de 3.493 metros de extensão e 14 curvas, o Range Rover Sport SVR mostrou seu apetite por acelerar logo ao pressionar o botão de partida localizado acima do painel, bem ao lado do belo painel de instrumentos digital.
Pela saídas duplas de escapamento, o ronco ecoava majestosamente anunciando que o esportivo de luxo estava em seu ambiente nativo. A sinfonia dos instrumentos metálicos podia ser também amplificada (o mesmo que equipa o Jaguar F-Type), por meio de um botão no console central, e que eu fiz questão de deixar ativo para a brincadeira ficar mais emotiva, algo que não seria possível em nenhum outro Land Rover.
Logo na saída dos boxes, a primeira pisada no acelerador denunciou como é acelerar um propulsor que gera quase 70 kgfm a apenas 2.500 giros. Meu corpo é projetado contra o banco de abas largas e os ponteiros sobem rápido em sincronia enquanto o som dos escapamentos invadem a cabine. Os 550 cv de potência são despejados conforme o giro sobe e as suaves e rápidas trocas de marchas são efetuadas por meio das borboletas atrás do volante ou pela manopla do câmbio automático com opção esportiva.
Ao final de cada reta daquele traçado, os freios Brembo compostos por pinças azuis de seis pistões apertam os discos ventilados de cerâmica de 380 mm na dianteira e 365 mm na traseira. O poder de frenagem impressiona. Afinal, não é moleza estancar um brutamontes de 2.335 quilos com tamanha competência. Em uma das voltas, atrasei a frenagem na reta principal não por ser um exímio piloto, mas por vacilo mesmo. Estanquei o pedal esquerdo e, para meu espanto, as rodas de 21 polegadas calçadas por quatro pneus Continental de perfil 275/45 quase não travaram, mostrando a importância de poder parar quando necessário.
Afora o mecanismo de tração integral, há bloqueio do diferencial traseiro, que ajuda a repassar a força para a roda com maior aderência. Porém, o grande diferencial é eletrônico: a vetoração por torque, que atua em cada uma das rodas e pode dar uma pequena beliscada nos freios das rodas que estão no lado interno da curva, o que permite fechar a trajetória mais facilmente e combate em parte as saídas de frente. Claro que ainda se trata de um utilitário pesado e de direção não muito direta, porém não deixa de ser delirante esse tipo de perfomance.
Outra característica que salta aos olhos é a facilidade com que se conduz o SVR na pista.A suspensão é independente nos quatro cantos, por braços sobrepostos na dianteira multilink na traseira. Ela também é composta por bolsas de ar, tipo pneumática, e pode ser configurada para deixar o veículo mais alto, ou mais baixo, de acordo com a necessidade do terreno. Além de poder enrijecer a rodagem para essas horas.
Para não trair o nome Land Rover, o Sport SVR continua a seguir o caminho das trilhas, desde que você tome cuidado com os pneus e rodas R21 e aproveite os até 27º de entrada e 27,3º de saída no modo offroad, que aumenta a altura de rodagem de 21 cm a 27 centímetros. Ele atravessa riachos de até 85 cm de altura e conta com os mesmos ajustes de tração do Terrain Response (Dinâmico, grama/neve, lama, areia e pedra), mas pode deixar no automático.
Como um sedã, o carro faz curvas com maestria desde que respeitado seu grande centro de gravidade (1,78 metro de altura). Dessa maneira, fica fácil entender porque o modelo completou uma volta no circuito de Nürburgring, na Alemanha, em apenas 8 minutos e 14 segundos, tempo de esportivos de respeito - é um pouco mais rápido que o BMW 1 M, para você ter uma ideia. Um tempo invejável no “Inferno verde” para qualquer SUV de produção. Ele pode ser pesadão, mas a nova carroceria e estrutura de alumínio deram uma mão para equilibrar o peso, sem falar na rigidez estrutural altíssima. Se o primeiro Range Rover Sport de 2005 parecia ser todo a respeito da atitude, a segunda geração mostra que ganhou autoconfiança suficiente para ser tratado como esportivo.
Fonte: Auto Esporte
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