Teste: Toyota SW4 4x4 SRX 2.8
24 de fevereiro, 2016
Nova geração do SUV derivado da picape Hilux está mais para Lexus do que outra coisa. Apesar do preço de R$ 225 mil cobrado pela versão topo de linha, modelo é uma boa compra.
Faz seis anos que o Toyota SW4 perdeu a inscrição Hilux no nome, mas pouca gente se atentou a isso. Algo aceitável, afinal, até então o SUV nada mais era do que uma "versão fechada da picape". A partir de agora, porém, não há mais motivos para chamá-lo de Hilux SW4, pois a quarta geração (finalmente) tem design, requinte e recursos tecnológicos próprios. A pinta atual é de Lexus. Muito melhor, né?
Mercado
Recém-chegado às concessionárias Toyota do país, o novo SW4, claro, encareceu. A tabela de R$ 204.800 e R$ 210.050 da versão diesel saltou para R$ 220 mil (configuração de cinco lugares) e R$ 225 mil (sete). Abaixo dessas, há uma outra versão de sete lugares, com motor 4.0 V6 à gasolina, por R$ 205 mil. A variante flex, segundo a marca, será lançada no segundo semestre.
Exceto pelo motor e quantidade de assentos, todos os SW4 se assemelham no pacote recheado de itens de série, sem qualquer opcional e com muitos equipamentos inexistentes na antiga geração, como leds de iluminação diurna, porta-malas com abertura e fechamento elétricos, chave presencial, botão de partida e airbag de joelho para o motorista. Por isso, também levam o mesmo nome de versão: SRX. De acordo com a Toyota, a vertente diesel de sete lugares responderá por 75% das vendas. E foi justamente ela que testamos.
Impressões ao dirigir
Para não dizer que se livrou totalmente das comparações com a Hilux, o SW4 diesel utiliza o mesmo motor 2.8 turbo com injeção direta de combustível da picape, capaz de render 177 cv e 45,9 kgfm a partir de 1.600 rpm.
Combinado com o câmbio automático de seis marchas, o propulsor leva o SUV médio de duas toneladas a 100 km/h em satisfatórios 12,6 segundos. A marca poderia ser melhor se a transmissão fosse mais ágil. Mesmo no modo sequencial por aletas no volante, as passagens são lentas e, às vezes (na unidade avaliada foi assim), sequer ocorrem.
O que não dá para criticar no SW4 é a competência em frenagens. Por mais que a carroceria tenda a balançar, os freios a disco - agora nas quatro rodas - e os pneus 265/60 R18 de uso misto seguram o modelo com eficácia. De 80 km/h à imobilidade, foram percorridos 31,5 metros. Um belo número!
Econômico, espaçoso (o acesso à terceira fileira de bancos é fácil e a área até dá conta de adultos por pouco tempo) e muito valente também no off-road (com direito a seletor eletrônico de tração, bloqueador do diferencial traseiro e assistente de partida em descidas), o Toyota tem um rodar bem macio, sem fortes vibrações e bastante seguro nas curvas.
Não se assuste com o cantar dos pneus. Com suspensões reforçadas e redesenhadas, além de controles de tração e estabilidade, o utilitário se mantém firme na trajetória, com pouca rolagem da robusta carroceria.
Em estilo e conforto, de fato o SW4 está num nível bem acima da Hilux. Os parachoques volumosos, os detalhes cromados da carroceria, as lanternas e faróis de led transmitem ares futuristas. Por dentro, os materiais de toque suave satisfazem assim como o desenho da cabine. Até o reloginho dos anos 1990, no centro do painel, não incomoda tanto quanto no Corolla.
A ergonomia é muito boa e reforçada pelos ajustes de altura e profundidade da coluna de direção. A tela multimídia não parece mal encaixada como na Hilux, mas poderia ser mais intuitiva. Embora tenha câmera de ré, o SUV de 4,79 metros merecia sensores de estacionamento.
O consumo de combustível é muito bom. Fazendo uso do modo ECO, acionado por botão no console, o SW4 registrou média de 9,3 km/l na cidade e 13,3 km/l na estrada. A 120 km/h, o conta-giros fica estacionado nas 1.800 rpm - mal se ouve o ruído do motor na cabine.
Veredicto
Para um reforço extra na proposta de luxo, o SW4 poderia ter teto solar, freio de mão elétrico e velocímetro digital no mostrador central. Assim, justificaria melhor o preço. De qualquer maneira, é um modelo muito superior ao seu antecessor. E por mais que sua tabela esteja no patamar de modelos como o Land Rover Discovery Sport 2.2 Turbo Diesel, de R$ 223.500, o Toyota ainda é uma boa opção de compra para o segmento.
Números de teste
Aceleração
0 - 100 km/h: 12,6 s
0 - 400 m: 18,4 s
0 - 1.000 m: 33,8 s
Vel. a 1.000 m: 153,5 km/h
Vel. real a 100 km/h: 93
Retomada
40-80 km/h (Drive): 5,5 s
60-100 km/h (D): 7,3 s
80-120 km/h (D): 9,3 s
Frenagem
100 - 0 km/h: 49,6 m
80 - 0 km/h: 31,5 m
60 - 0 km/h: 17,1 m
Consumo
Urbano: 9,3 km/l
Rodoviário: 13,3 km/l
Média: 11,3 km/l
Autonomia em estrada: 1.064 km
Ficha Técnica
Motor: Dianteiro, longitudinal, 4 cilindros em linha, 16V, turbo, intercooler, injeção direta de diesel
Cilindrada: 2.755 cm³
Potência: 177 cv a 3.400 rpm
Torque: 45,9 kgfm a 1.600 rpm
Câmbio: Automático de 6 marchas, 4x4 com caixa de transferência de tração
Direção: Hidráulica
Suspensão: Independente com braços duplos triangulares (dianteira) e eixo rígido (traseira)
Freios: Discos ventilados
Pneus: 265/60 R18
Comprimento: 4,79 m
Largura: 1,85 m
Altura: 1,83 m
Entre-eixos: 2,74 m
Tanque: 80 litros
Porta-malas: Não declarado
Peso: 2.130 kg
Fonte: Auto Esporte
05 de abril Modelos da Honda encarecem e HR-V ultrapassa os R$ 100 mil
29 de março TESTE: Volkswagen Golf GTI 2.0 nacional
15 de março Câmbio powershift faz transmissão automática dar passo à frente
24 de fevereiro Teste: Toyota SW4 4x4 SRX 2.8
19 de fevereiro Flagra mostra Fiat Toro Freedom 1.8 Flex com câmbio automático de 6 marchas
02 de fevereiro Teste: Volkswagen Golf 1.6 Comfortline Manual
26 de janeiro Ford reconhece falhas no câmbio powershift
14 de janeiro Mercedes descarta novo câmbio automático com mais de 9 marchas
16 de dezembro Traseira da picape Fiat Toro aparece oficialmente pela 1ª vez
09 de dezembro Avaliação: Novo Chevrolet Cobalt 1.8 LTZ manual
Rua Rio de Janeiro, 1293
Bairro Monte Castelo. Campo Grande/MS
Assine nossa Newsletter e receba todas as nossas dicas, promoções e atualizações.
© 2012 Dr. Câmbio . Todos os direitos reservados